EXCRESCÊNCIA 7B D3 E2 170m

Quando olhei pro morro da mina a 1ª vez, com olhar de escalador, que olha a rocha de outro angulo, uma linha de fendas que vai até o cume me chamou a atênção, mas não era hora de entrar numa parede daquele porte. Um tempo depois, me sentindo mais preparado, fiz o projeto da linha, e antes que eu conquiste uma linha já iniciada ou com a intenção de iniciar, eu entrei em contato com o cara mais conquistava vias na região, Roberto Utzig, mais conhecido como Zig.
Eu- Poh Zig, to afim de abrir uma via no morro da mina, tens algum projeto pra mim não entrar nele?
Zig- Então cara, a parede tem um potêncial enorme, muitas vias pra abrir lá, tem uma linha que já estou trabalhando pra abrir que está em anexo...
E justamente o projeto que eu estava preparando pra entrar o cara já tinha ido até a base e se programado pra investida.
Um ano depois finalmente deu certo dos mestres abrirem a via, já me bati tudo pra repetir e tive essa oportunidade este fim de semana.

Bruno na saída da 3ª cordada

O problema de tudo é que eu não estava em boas condições de escalar a via pela dificuldade exigida, já que estou com uma costela fraturada. Mas estava contanto com o Bruno pra guiar as piores cordadas e eu só acompanhar. O problema maior foi quando estava na metade da 2ª cordada, entrando num crux de 7b um pouco ruim de proteger e o Bruno me avisa que estava quase desmaiando na seg, devido a gripe que estava durante a semana. Ai foi o fim da picada, 2 quebrados repetindo uma via de alto nível daquelas num lugar onde um resgate é a última opção. O Bruno veio se arrastando até a P2, resolvemos desistir da escalada, comemos, dormimos por cerca de uma hora no platô, acordamos, olhamos pra cima... Bóra toca pra cima então?

4ª cordada, linda fenda de 40m

Ai neste ritmo fomos mais 2 enfiadas passando pelo melhor trecho, a linda fenda no meio da parede do diedro. Resolvemos desistir da escalada a 35m do cume, mas satisfeitos pelo o que já havíamos escalado, linda via mesmo.

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