segunda-feira, 4 de abril de 2011

Antes mesmo do início

A dita "temporada de montanhismo" ainda não chegou, com isso vem todo o perigo de estar na montanha em dias quentes. Temporais de verão fazem dos vales da Serra um verdadeiro avalanche de pedras soltas e árvores
sendo arrastados pela força d'água. E esse fenômeno não é raro, que estou falando apenas para assustar as criancinhas em casa, eu mesmo  prestigiei isso acontecer algumas vezes. Além do perigo das forças d'águas tem o risco de animais peçonhentos, o incomodo dos insetos azucrinando no ouvido do cara, aranhas e as queridas lagartas que sempre estão onde as pessoas colocam a mão ou se escoram, assim deixando a marca de sua queimadura na pele de lembrança do final de semana. 
Como a temporada ainda não começou e o meu corpo não suporta tanto tempo afastado da serra, dei uma volta pelo vale do Rio da Serrinha no carnaval. Com uma boa observada no tempo durante a semana e o acompanhamento das previsões, que quase sempre erra, passei o dia no vale abrindo a trilha até o setor da Serrinha. A trilha estava bem fechada, normal, e o mato já estava mais calmo, sem bixos a solta. 
Quase um mês depois, marquei com o Tony Provesano uma investida no setor, depois de 3 semanas frias marcando a entrada do outono. Saímos cedo para voltar cedo, e a ida nos rendeu uma nova via, bem próximo ao acampamento, show de bola. O Tony iniciou a 1ª cordada, tocou uns 15m e desceu, a via estava com muito galho seco na fenda, alguns lances tivemos que fazer em artificial para poder liberar as mãos, limpar e poder proteger. 




Continuei a cordada por mais 5m e parei num platô confortável onde bati uma chapeleta para a parada. 






Fiz um back-up da chapa e o Tony subiu para fazer o segundo furo. Mandei fazer 2 batedores pro Júlio de Tubarão e deixei o meu de exemplo, acabei ficando sem batedor na conquista e o Tony não levou o dele, tivemos que fazer os furos segurando na própria broca, fim de carreira. Por esse motivo, a dor de segurar a broca na mão e as marretadas nos dedos, o Tony teve que subir para fazer o segundo furo. Mas não adiantou muito nosso esforço, não sei como, mas o parabolt espanou a rosca, na hora do aperto já deu pra perceber que a porca estava solta, frouxa, no bolt, provavelmente algum erro de fábrica que trocaram a porca. Tivemos que parar por ali, pois todos os meus bolts, exceto o 1º que bati, estavam com a porca frouxa. A via lepidópteros parou com 20m, toda em móvel com peças similar ao camalot do 0.5 ao #5, e está com apenas uma chapa. De onde parou tem a opção de sair 3 variantes, com mais uns 40 ou 50m de via, a 1ª cordada ficou com graduação sugerida de VI E1, e como todas as outras vias no setor da serrinha, precisa de repetições para confirmar as graduações. O nome da via veio devido a grande quantidade de lagartas de borboletas, não perigosas, presas no chaminé que tem na parada.




    Tony limpando a via de segundo.

final da conquista

linha da via.



árvore no canto da foto está a P1.


                                                 Diedro da linha da via visto do rio.                   

Devido ao ruim posicionamento para bater as fotos, com muito mato na frente, pouco da via apareceu.
Agradeço a companhia do Tony,que estava na outra ponta da corda, e Narciso que foi nosso braço direito na conquista trazendo os equipos esquecidos no acampamento, fotografando e preparando a bóia.  

Abraço





Um comentário:

  1. Muito bonito o lugar!!! Bota fé, vaou ai abrir algo contigo!!!
    Abraçãooo
    Nando.

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